terça-feira, 28 de outubro de 2008

Alte e sua História

A Igreja Matriz
(do livro Alte na Roda do tempo, de Isabel Raposo)
Dona Bona, mulher de Garcia Mendes de Ribadeneyra, 2º senhor d´Alte e 1.ª vidama do Algarve, terá fundado, nos finais do século XIII, a igreja Matriz consagrada a Nossa Senhora da Assunção, em acção de graças por seu esposo ter regressado da oitava cruzada á Palestina.
Assim consta no Arquivo da Casa d´Alte, As moedas com a efígie de D. João I encontradas numa escavação feita quando da reparação da torre do relógio, (Zé d´Alte, conversando, in Ecos da Serra, nº 57, 1982), confirmam a existência da igreja no século XIV. Ela não vem mencionada numa lista das igrejas algarvias de 1320. A referência escrita mais antiga àquele tempo, de que há notícia , data de 1518, ulteriormente, em 1565, o documento da visitação pelos mestres de S. Tiago dela dá extensa notícia.

Alte e sua História , 1ªParte

Povos e culturas que atravessaram o território “ Alte ”
Extraído do livro - Na Roda do Tempo, de Isabel Raposo
1ª Parte
Pelo território que é hoje a freguesia de Alte ( a Freguesia de Benafim separou-se da freguesia de Alte em 1988) passaram ao longo dos tempos, diversos povos e culturas.
Ao Sudoeste da Península Ibérica foram chegando durante milénios, vagas sucessivas de povos de origem continental, vindos do Norte e outros de culturas mediterrânica, chegados pelo litoral sul, que ali se confrontaram e cruzaram entre si e com as populações pré-existentes. (…)
Desde há longa data – quase três milénios – o litoral algarvio foi assediado pelas grandes civilizações do Mediterrâneo Oriental, (…)
Importa referir que os vestígios dos povos que aqui viveram são quase sempre atribuídos pelos camponeses à moirama, como uma referência a tudo que é antigo e desconhecido, mas também como uma apologia aos muçulmanos, o último povo que dominou a região até à “Reconquista” do Algarve pelo reino de Portugal, há sete séculos, e que perdurou na memória e no imaginário das gentes como povo sábio, rico e mágico.
O Neolítico
Há vestígios de populações que terão ocupado a região cerca de 4000 anos a.C. São comunidades com economia agro-pastoril e semi-nómadas, que se abrigavam e enterravam os seus mortos em grutas, (…) Na gruta denominada Igreijinha dos Soídos não foram descobertos vestígios pré-históricos (…) Em Paniachos, na Quinta do Freixo, a 3 km de Alte, foi identificado um povoado atribuído a este período, com destígios de casas de planta circular (…)
As Idades dos Metais
No final do século passado, Atáide Oliveira registara nesta freguesia doze minas de cobre, sendo depois de Querença a freguesia do concelho de Loulé com maior número destas jazidas. Em Alte as principais minas localizam-se na Cerca da Mina e na Atalaia. Esta última situada a 1,5 Km de Santa Margarida.
A exploração de algumas destas minas continuou a ser feita pelas populações até ao século XVIII e, nalguns casos até princípios do século XX. (…)
A criação no século VIII a.C. da feitoria do cerro da Rocha Branca, junto ao rio Arade, a 10Km da foz e a 1Km da actual cidade de Silves, dever-se-à em grande parte às trocas comerciais estabelecidas entre os mercadores fenícios e a aristocracia local, cuja formação terá sido favorecida pela riqueza do cobre da região.(…) era navegável o rio Arade.
Os Romanos
A Península vai sendo integrada no mundo urbano pelas grandes potências que dominaram o Mediterrâneo , Depois dos Fenícios, algumas influências gregas, o imperialismo cartaginês e segue-se a colonização romana.(…) durante oito séculos.
Com a romanização é criada uma rede (…) de estradas de diferentes categorias que liga os diversos aglomerados. É natural que uma via secundária passando através do território da actual freguesia de Alte, ligasse Messines a Salir, permitindo o escoamento dos produtos das comunidades e vilas instaladas na beira-serra: Vila do Zambujal, Vila Verde do Vale, Quinta do Morgado e Quinta do freixo.( Salir e Messines eram dois aglomerados romanos importantes, por passavam duas das três vias que ligavam o litoral algarvio).
Vila Verde do Vale, hoje Santa Margarida, nome da ermida aí presente; Vila Zambujal, hoje lugar da Cerca do Zambujal; Vila Ruiva, hoje Corte Bucho, esta última com ruínas do período islâmico. (…)
Na cerca do Zambujal, foram identificados inúmeros testemunhos romanos (…) Ali afloravam restos de paredes, com pedras talhadas a picão, ladrilhos inteiros, telhas (…) sepulturas em alvenaria de tijolo (…) contento ossos humanos e cinzas(…)
“…as pedras que têm estas casas foi tudo tirado dali, da cerca do Zambujal, pedras compridas, tudo talhado…. Chamavam àquilo a vila do Zambujal…” (Francisco Belchior, Torre)
Os agricultores da zona ainda hoje se referem à existência de um túnel ligando a fonte à antiga vila do Zambujal:
“…A minha avó contava que havia ali uma porta grande da moirama, com um túnel grande que vai debaixo do chão além para a cerca do Zambujal. Esse túnel é todo em abóbada, em pedra. Com o tempo tapu-se, a gente já não conheceu aquilo. “
continua......

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Marcha Passeio em Alte



Uma boa manhã de sol para um passeio na freguesia de Alte.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Luís Bernardo "Um centenário"


O Sr. Luís Bernardo, completou 101 anos no dia 14 de Abril de 2008.
Este nosso amigo juntou em seu redor 200 pessoas, amigos, familiares e todos aqueles que num gesto de simpatia o foram felicitar, aquando dos seus 100 anos celebrados com muita alegria, não faltando mesa farta e muita música.
Presentes estiveram também, o Sr, Presidente da Junta, Eugénio Guerreiro e o Sr. João Rafael, Tesoureiro da mesma junta.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Teatro em Loulé

Moliére para ver nas freguesias de Loulé


A peça “Escola de Mulheres” de Moliére começa hoje, 24, a ser apresentada pelo grupo de Teatro ao Largo, em algumas localidades do concelho de Loulé. O Jardim das Comunidades, em Almancil, é o palco escolhido para esta noite.

A peça vai ser apresentada ainda no Largo da Igreja de Boliqueime (25 de Julho), Praça do Mar, Quarteira (28 de Julho), Cerca do Convento, Loulé (29 Julho) e Largo de Querença (30 Julho).

A peça relata a história de um libertino pertinaz de meia-idade, Arnolfo, que ao fim de muitos anos a zombar de maridos que são enganados pelas mulheres, anuncia que ele mesmo vai casar com uma jovem donzela, a qual ele próprio educou para tal fim. Inútil será dizer que os seus planos rapidamente se desenredam.

O espectáculo tem início às 22 horas e a entrada é livre. A peça tem a duração aproximada de 80 minutos e é direccionada para um público adulto/juvenil.

Presidente da República de Cabo Verde em Alte


Presidente da República de Cabo Verde em Loulé

Pedro Pires, Presidente da República de Cabo Verde, visita o Concelho de Loulé no próximo sábado, 26 de Julho. Este chefe de Estado é recebido nos Paços do Concelho pelo executivo louletano, pelas 16h30. Segue-se uma visita à Quinat do lago e a Alte. Às 19h30 recebe a comunidade carbo-verdiana no Algarve, numa sessão que decorre na Sala da Assembleia municipal de Loulé.
Fonte:-Municipio de Loulé

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Ecos da Serra Nº 1 Dezembro 67

Dezembro de 1967, data do aparecimento do jornal “ ECOS DA SERRA”
Longe estava ainda o tempo dos computadores, presente estava a máquina de escrever e outras técnicas de impressão, trabalhosas e sem a beleza das actuais publicações.
Nas mãos das pessoas começa a circular o primeiro, o nº 1, o Boletim Trimestral “Ecos da Serra”

Reza assim a capa, tendo como título “ apresentação “
É o presente numero de “ Ecos da Serra” dedicado aos soldados da nossa Freguesia que se encontram no Ultramar Português em missão de soberania e a todos os emigrantes nossos conterrâneos, que, forçados pelas circunstâncias da vida, buscam lá longe, melhores condições de subsistência, que lhes garantam um futuro mais risonho.
Embora separados pela distancia, que, do seu coração nunca se apague a imagem carinhosa e enternecedora da Terra que lhes serviu de berço e à qual estão ligadas tantas recordações queridas da sua vida passada.
Esta nossa singela e despretensiosa publicação, outro fim não tem, senão servir de elo que aperte e uma amistosa e fortemente, como que numa só alma e num só coração, todos os filhos de Alte, tanto os que actualmente vivem, como os que se encontram em todo o Continente, Ilhas e Ultramar.
Que todos unidos, sejamos uma FORÇA capaz de contribuir para o prestígio, progresso e engrandecimento da nossa TERRA que tanto amamos.
Por isso, precisamos da colaboração de todos, em bom vontade compreensão e carinho, na medida das suas posses.
Agradecemos que acusem a recepção deste Boletim e nos enviem sugestões para o melhoramento do próximo número, de maneira a que ele agrade a todos o melhor possível.
Como não conseguimos arranjar as direcções de todos os filhos de Alte, ausentes nas várias partes do mundo, pedimos que nos enviem mais direcções de todos os naturais da nossa freguesia vossos conhecidos, que não receberam este número, pois a todos indistintamente, o enviaremos com muito gosto.
Desejamos que todos tomem conhecimento do que se vai fazendo muito mais e melhor que se poderá conseguir no futuro, com a ajuda de todos.
“ A UNIÃO FAZ A FORÇA “
Unamo-nos e seremos capazes de operar maravilhas, a bem da nossa Terra.
Assim Deus nos ajude.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Sócios da Associação Grupo Amigos de Alte

1 Maria de Lurdes da Palma Madeira Alte
2 Albertina de Sales da Palma Madeira Alte
3 Maria Antónia da Silva Ferro Alte
4 Casimiro Jesus Ferro Alte
5 Maria Madalena Martins Palma Alte
6 Maria Amélia Vieira Cabrita Alte
7 Maria Adelina Pires Caetano Monte Novo
8 Maria de Lurdes Gonçalves Viegas Monte Novo
9 Deolinda Gregório Brites Sequeira Monte Novo
10 Maria Deolinda Martins Silva Cabrita Portela de Messines
11 Maria da Conceição Medeira Cabrita Cerca da Renda
12 José Nunes de Sousa Alte
13 José Manuel Medeira Cabrita Cerca da Renda
14 José Vitório Silva Martins Perna Seca
15 Fernando Sousa Martins Perna Seca
16 Élia da Purificação Martins Silva Perna Seca
17 Ivone Palma de Sousa Nunes de Sousa Alte
18 Cónego António Marin Alte
19 Maria Julieta Guerreiro Coelho Alte
20 Eng.ª Sandra Isabel S. Martins Parreira Bragança

terça-feira, 8 de abril de 2008

Programa Semana Cultural de Alte

XIV Semana Cultural de Alte
Local: Alte
Programa:
Fonte Pequena

25 Abril
10H00 – Passeio/Maratona de BTT
12H00 – Festa Gastronómica e Feira de Artesanato
17H00 – Actuação de grupo musical

26 Abril
12H00 – Festa Gastronómica e Feira de Artesanato
16H00 – Actuação de Grupo de música Tradicional Portuguesa
19H00 – Animação Musical com a banda “Vibrações”
22H00 – Actuação da artista “ Vivianne “ (sujeito a confirmação)

27 Abril
12H00 – Festa Gastronómica e Feira de Artesanato
16H00 – Actuação do Grupo de música tradicional “Moçoilas”
18H00 – Actuação de grupo de música popular
19H00 – Animação musical com o acordeonista “João Paulo Cavaco”

28 Abril
Casa do Povo de Alte
14H00 –Baile de Acordeão
21H30 – Apresentação da peça de teatro “O Que é Que eu Vou Fazer da Minha Vida”, pelo Teatro da Estrada

29 Abril
14H00 – Animação infantil
21H30 - Noite de Fado com o espectáculo “Tudo Isto é Fado”

30 Abril
21H30 – Revista de Carnaval “ É BICHA A DAR COM UM PAU “ do grupo Boa Esperança (sujeito a confirmação)

01 Maio
11H00 - Festival de Folclore (Cerimónia tradicional de Casamento com Boda)
21H30 – Baile no Salão da Casa do Povo de Alte



EXPOSIÇÕES
Na Horta das Artes e Sala do Teatro da Estrada exposições de gravura dos artistas Daniel Vieira, Nelson Dias, Pedro Domingues, Joanna LatKa e Maria Toskovic e ainda uma exposição de pintura de Elen Lane.